"Se você não está mudando, você está escolhendo,"- Laurie Buchanan

"Se você não está mudando, você está escolhendo," como nos lembra Laurie Buchanan. E se, além de não mudar, você se entrega à reclamação, está, na verdade, fugindo da escolha.

Em um mundo onde a inércia se disfarça de neutralidade, muitas vezes nos iludimos, acreditando que a ausência de ação é um estado de espera passiva pelo momento ideal. No entanto, a verdade incômoda é que a não-mudança é, em si, uma escolha—uma escolha que nos aprisiona no presente, impedindo-nos de desbravar novos horizontes.

E o que dizer da reclamação? Quando nos afogamos em queixas, desperdiçamos energia vital no problema, em vez de canalizá-la para a solução. A reclamação se torna um refúgio, um mecanismo de defesa que nos mantém presos no ciclo vicioso do ego, da vitimização e da resistência à transformação. Ela nos impede de assumir a responsabilidade por nossa própria vida.

escolhas

A boa notícia é que a mudança não precisa ser um salto gigantesco para ser transformadora. Pequenos passos, quando dados com intenção e consistência, têm o poder de romper o padrão da inércia. Uma decisão diferente, tomada hoje, por menor que pareça, pode abrir portas e descortinar caminhos que antes se mostravam intransponíveis.

Essa perspectiva ressoa com diversas correntes de pensamento:

• Carl Jung (Psicologia Analítica) nos convida a confrontar nossas sombras como condição para a mudança, e a reclamação pode ser um subterfúgio para evitar esse encontro com o nosso lado obscuro.

• O Budismo Zen nos ensina que a resistência à impermanência é fonte de sofrimento, e a recusa em aceitar a mudança é um apego ao que já não nos serve.

Diante disso, algumas perguntas se impõem: O que se tornaria possível se, em vez de nos entregarmos à reclamação, optássemos pela coragem da mudança? Que padrões limitantes estamos perpetuando ao nos mantermos estagnados?

O projeto "Anjo com Amnésia" nos convida a despertar dessa inércia paralisante. A jornada da mudança pode ser desafiadora, é verdade, mas a permanência no mesmo lugar é uma escolha que, a longo prazo, se revela muito mais custosa.

Hoje, portanto, que possamos escolher a ação. Que possamos escolher a transformação. Que possamos escolher o despertar. Mesmo que esse despertar se inicie com um único, pequeno, mas significativo passo.